Adivinhem só, quem sacudiu a poeira e deu a volta por cima?

  

Segundo pesquisa, no primeiro semestre de 2015 os discos de vinil, faturaram mais do que o You Tube, Vevo e Spotify JUNTOS.


Sim, apesar de enormes, redondos e de produzirem aqueles chiadinhos esquisitos, pasmem senhoras e senhores o velho disco de vinil voltou a ser um hit de vendas. Enquanto o mercado da música digital faturou os seus US$ 163 milhões, a venda de vinil, faturou expressivos US$ 222 milhões. Os dados são do mais recente relatório Record Industry Association of America (RIAA), organização norte-americana que representa a indústria fonográfica por lá. Porém o mais surpreendente ainda está por vir, ainda segundo estudo feito pela organização, a venda de vinil superou a receita de nada mais nada menos que You Tube, Vevo e Spotify.Todos eles juntos. 


O disco de vinil, que teria sido morto e enterrado pelo Compact Disc (CD), ressurgem em tempos em que até mesmo esse formato, que se popularizou em 1990, é quem parece estar dando adeus, substituído pelo formato digital. Quem comemora é a United Record Pressing, a maior fábrica de vinis da terra. Com sede em Neshville, no Tennessee, berço da música country. O Brasil contou, até o finalzinho de 2007 com a única fábrica de vinil do continente latino-americano. A polysom, que sobreviveu até o início desse século devido as grandes encomendas de igrejas evangélicas, que aproveitavam o fato de seus fiéis ainda terem em casa o bom e velho toca-discos. Conforme estes também foram se tornando escassos, as encomendas religiosas também foram decaindo, e a produção de LP's se tornou inviável.

No entanto,depois de declarada sua falência a Polysom  se reergueu e foi reativada em Belfort Roxo, no Rio de Janeiro e logo em seguida adquirida pela gravadora Deckdisc. Entre março e maio do ano passado a empresa declarou um aumento de venda de  126%. Não demorou até que alguns de seus principais nomes Matanza, Pitty, NX Zero e Dead Fish se rendessem a esse formato, seja para garantir edições especiais de discos novos, seja para colocar nas mãos dos fãs algumas raridades que nunca tiveram chance de chegar às lojas. E além de grandes nomes como Nação Zumbi, Fernanda Takai (Pato Fu), e Cachorro grande, muitas bandas independentes, também estão aderindo a esta tendência.


  Agora é muito importante deixar bem claro que estes números devem ser analisados sob a perspectiva correta. O mercado, tanto aqui no Brasil, quanto lá fora, não adotou o bom e velho bolachão para substituir o combalido CD.Todos sabemos que este tipo de produção é feita para um nicho muito específico de público.Sabe aquele tipo de colecionador que é uma espécie de audiófilo, que defende com afinco que nada, nunca, irá substituir captação das nuances da música, que só o vinil proporciona.

 Além disso, se formos colocar isso no papel, a concorrência em se tratando de arrecadação seria desleal. Nos EUA é possível encontrar estes itens, numa média que varia entre US$ 19,99 a US$ 30 - enquanto os CD's costumam custar algo entre  US$ 9,99 a US$ 12,99.  

 Mas se deixarmos a matemática de lado, não deixa de ser interessante saber que os LP's, uma tecnologia surgida na década de 40, voltaram a ser representativos no mundo da música - o mesmo que tem se desdobrado para descobrir o que vai fazer da vida, depois do surgimento da música em formato digital.

 No mais, sabe aquela história de que quem lê, escuta, assiste nos formatos digitais nunca mais ia comprar nada físico? Bem, é hora dos catastrofistas repensaram seus cenários apocalípticos. 

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